MOÇAMBIQUE
TRANSPORTE PEBANE (ex-vapor alemão Kadett) |
Em 16 de Dezembro de 1915, zarpou para Moçambique o cruzador Adamastor para prestar serviço naquelas paragens, cooperando com a esquadra britânica do Cabo nas operações de guerra do Leste Africano Alemão, e auxiliando as nossas tropas em acção no norte da então Província Ultramarina.
TRANSPORTE LUABO |
Cooperavam com o Adamastador, nos serviços de campanha, a pequena canhoneira Chaimite e os vapores auxiliares Luabo, Pebane e Pungue, tendo-se previamente tomado posse dos navios mercantes alemães fundeados nas nossas águas, não havendo, por essa altura, notícias de navios inimigos na nossa zona marítima.
Encontrando-se o Adamastor e a Chaimite na foz do rio Rovuma, procedendo ao abastecimento dos nossos postos militares, organizou-se uma esquadrilha de embarcações a vapor e a remos para se proceder ao reconhecimento do rio, a fim de as forças do exército em operações naquele local poderem atravessar para a outra margem. Em 27 de Janeiro de 1916, tendo o cruzador e o posto português de Namaca, na margem direita, previamente bombardeado as posições inimigas da margem oposta, e supondo-se estas abandonadas, as embarcações aproximaram-se então da margem alemã, quando de improviso um fogo nutrido e incessante de metralhadoras as colheu, sendo mortos 1 guarda-marinha e 10 praças; feridos 1 guarda-marinha, 1 sargento e 7 praças; prisioneiro o 1.º Tenente Matos Preto, comandante da Chaimite, que só foi restituído à liberdade, em 29 de Novembro de 1917, quando as forças alemãs, acossadas pelos ingleses, se desfizeram dos prisioneiros de guerra.
TRANSPORTE PUNGUÉ (ex-cargueiro de longo curso alemão Linda Woermann) |
Encontrando-se o Adamastor e a Chaimite na foz do rio Rovuma, procedendo ao abastecimento dos nossos postos militares, organizou-se uma esquadrilha de embarcações a vapor e a remos para se proceder ao reconhecimento do rio, a fim de as forças do exército em operações naquele local poderem atravessar para a outra margem. Em 27 de Janeiro de 1916, tendo o cruzador e o posto português de Namaca, na margem direita, previamente bombardeado as posições inimigas da margem oposta, e supondo-se estas abandonadas, as embarcações aproximaram-se então da margem alemã, quando de improviso um fogo nutrido e incessante de metralhadoras as colheu, sendo mortos 1 guarda-marinha e 10 praças; feridos 1 guarda-marinha, 1 sargento e 7 praças; prisioneiro o 1.º Tenente Matos Preto, comandante da Chaimite, que só foi restituído à liberdade, em 29 de Novembro de 1917, quando as forças alemãs, acossadas pelos ingleses, se desfizeram dos prisioneiros de guerra.
CANHONEIRA CHAIMITE Guarnição: 3 oficiais, 5 sargentos e 45 praças Armamento: 2 peças Hotchkiss de 47mm/40 calibres e 2 metralhadoras Nordenfelt de 11,4mm |
Durante a campanha esteve o Adamastor colaborando nas operações, percorrendo os postos da costa oriental, de Natal a Zanzibar, com excepção do tempo em que reparações o retiveram em Lourenço Marques.
Estacionou por mais tempo junto ao comando das forças do exército, em Porto Amélia e depois em Mocímboa da Praia (a) , com a sua guarnição enfraquecida por um serviço duro e pela acção do clima, que em terra produzia muito mais vitimas do que as balas inimigas
Esboço rápido do rio Rovuma desde a foz até Namiranga, conforme as observações da esquadrilha de embarcações do Adamastor de 21 a 28 de Maio de 1916 do Capitão-Tenente Quirino da Fonseca |
(a) Em Setembro de 1916 fez diversos bombardeamentos contra território inimigo para facilitar a passagem do Rovuma pelas nossas tropas, nomeadamente a Artilharia de Montanha (vide artigo já editado a esse respeito)
Texto coorden. por: marr